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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Exercício Físico e Obesidade

Nos últimos anos, é significativo o crescimento do número de pessoas obesas não só no Brasil, como no mundo inteiro, tornando isso um problema de saúde pública. Essa doença tem sido caracterizada pela alta ingestão energética provida da alimentação. Porém, novos estudos sugerem que grande parte da obesidade é devido ao baixo gasto energético que pode ser agravada ainda com o exacerbado consumo de comida. Até mesmo exercícios físicos de baixa intensidade podem apresentar resultados no combate e prevenção da obesidade. A inatividade física é o principal fator etiológico do crescimento dessa doença.

Como tratamento da obesidade, sugere-se que o consumo energético seja inferior ao gasto energético, isto é, um indivíduo deve gastar mais energia (caloria) do que consome, exercitando-se, por exemplo. Portanto, podemos achar que comer menos diariamente seria uma solução fácil, mas a alimentação de uma pessoa obesa deve ser bastante regrada e aliada a um aumento na quantidade de atividade física praticada, representando, de fato, uma mudança no seu estilo de vida.

O gasto energético diário é composto de três grandes componentes: taxa metabólica de repouso (TMR), efeito térmico da atividade física e efeito térmico da comida (ETC). A TMR, que é o custo energético para manter os sistemas corporais funcionando no repouso, é o maior componente do gasto energético diário (60 a 80% do total). O tratamento da obesidade apenas através de restrição calórica pela dieta leva a uma diminuição da TMR (através de diminuição de massa muscular) e do ETC, o que leva à redução ou manutenção na perda de peso e tendência de retorno ao peso inicial, apesar da restrição calórica contínua, contribuindo para uma pobre eficácia de longo período desse tratamento.

No entanto, a combinação de restrição calórica com exercício físico ajuda a manter a TMR, melhorando os resultados de programas de redução de peso de longo período. Isso ocorre porque o exercício físico eleva a TMR após a sua realização, pelo aumento da oxidação de substratos, níveis de catecolaminas e estimulação de síntese protéica.


Em condições normais, o exercício físico pode representar de 15 a 30% do gasto energético diário de uma pessoa. Na tabela ao lado, estão representados os gastos energéticos de diversas modalidades esportivas para pessoas com diferentes massar corporais.

Os exercícios aeróbios (como na tabela) são, sem dúvidas, os mais eficientes no combate a obesidade, pois oferecem maior queima de gordura acumulada. Porém, a inclusão do exercício físico de resistência, como a musculação, aumenta a massa, força e potência muscular, preservando a musculatura, a qual tende a diminuir com a nova dieta adotada pelo obeso.

Tradicionalmente, uma pessoa é orientada a se exercitar em pelo menos cinco dias na semana, ao longo de 30 minutos. Esta recomendação não demonstra ser suficiente em casos de tratamento de doenças cardiovasculares e outras doenças crônicas, como a diabetes. Com isso, obesos tem sido recomendados a iniciar seus programas de tratamento com 150 minutos de atividade física semanal e progredir gradativamente para 200 a 300 minutos semanais, mantendo a intensidade inicial.



Postado por Lucas Jezuino

Referência Blibliográfica:
Exercício Físico e Síndrome Metabólica -Emmanuel Gomes Ciolac e Guilherme Veiga Guimarães

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