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sábado, 2 de fevereiro de 2013

Lipídios



     Uma alimentação adequada e equilibrada é essencial para que o praticante de atividade física tenha uma boa resposta fisiológica e para que seus objetivos sejam alcançados.
Os lipídios sã
o biomoléculas compostas por carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O). Pertencem a uma categoria de substancias orgânicas insolúveis em água classificadas como gorduras e óleos. Se por um lado eles causam preocupação nas pessoas por estarem associados a obesidade e a altos índices de colesterol no sangue, por outro, são fundamentais para nossa sobrevivência, por desempenharem importantes funções no nosso metabolismo. São encontrados principalmente nas carnes, ovos, leite integral, manteigas, castanhas, azeites, óleos vegetais. 



     Durante a pratica de exercícios, o organismo utiliza principalmente os carboidratos e lipídios como fonte de energia. Isso se deve ao comportamento exergônico desses macro nutrientes, ou seja, da sua grande capacidade de liberação de energia. Os lipídios obtidos na dieta e aqueles sintetizados endogenamente são distribuídos por lipoproteinas plasmáticas, sendo utilizados para liberação de energia ou armazenamento. Caso ocorra um excesso na ingestão de proteínas ou carboidratos, os mesmos são convertidos a triacilglicerois, os lipídios mais abundantes na dieta.

      As gorduras, ao serem oxidadas nas células, geram praticamente o dobro da quantidade de calorias liberadas na oxidação da mesma quantidade de carboidratos, fornecendo 9 kcal/g. Além disso, os lipídios possuem outra vantagem : são armazenados quase sem água ( forma anidra ), enquanto os carboidratos são mais hidratados. Essa diferença nas massas dos dois tipos de armazenamento é muito evidente. Por exemplo : Um homem adulto, que tenha peso de 70 kg, possui aproximadamente 15 kg em reserva de triacilglicerois. A oxidação de carboidratos produz cerca de 2,5 vezes menos energia que a oxidação de lipídios e 1 grama de glicogênio carrega junto a si 3 gramas de água. Ou seja, os mesmos 15 kg de triacilglicerois, se fossem armazenados na forma de glicogênio, pesariam 150 kg. O individuo então, pesaria 135 kg, dispondo da mesma quantidade de energia.
      Mesmo com a correta ingest
ão de alimentos fonte de carboidratos, nosso organismo apresenta uma capacidade limitada de armazenamento dos glicogênios muscular e hepático. Com a prática de grande esforço, o glicogênio é rapidamente depletado, o que leva ao estado de fadiga. Apesar do armazenamento de energia nos adipócitos em forma de gordura ser mais eciente, dispor de energia em forma de carboidrato também é importante, já que a quebra controlada de carboidratos serve para manter os níveis de glicose no sangue constantes, sendo a fonte de energia mais importante para atividades extremas e repentinas.

     A célula muscular, quando em falta de açúcar no sangue, redução nos níveis de insulina e com necessidade de obtenção de energia faz uso, preferencialmente, das suas próprias reservas de triglicerídeos ( cerca de 15 a 35% em contribuição de energia ). Fatores como duração, intensidade e adaptação do atleta ao esforço são fatores  que variam a forma de uso dessa energia. Logo, para que produção de energia no organismo não que comprometida durante o exercício de longa duração o fornecimento de glicídios deve estar em níveis adequados. Os lipídios também funcionam como meio de transporte das vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K), por isso, sua eliminação ou redução significativa da dieta pode resultar numa menor concentração dessas vitaminas no organismo.
     Por
ém, dietas com um alto teor lipídico podem comprometer a capacidade oxidativa de carboidratos e ainda diminuir o teor de glicogênio muscular, além de aumentar os teores de colesterol ruim no sangue e o risco de doenças cardiovasculares, entre outros fatores. Vale lembrar que o exagero no consumo de carboidratos também deve ser evitado, na medida em que se sabe que esse macronutriente também sao convertidos em lipídios pelo nosso metabolismo. Isso ocorre pois glicose, após nos alimentarmos, pode ser convertida em energia através da sua oxidação ou ser armazenada como glicogênio. Porém, glicogênio apresenta um limite de armazenamento. Assim, o excesso de carboidrato ingerido seria direcionado para a formação de gordura quando os tecidos estivessem com seus estoques lotados de glicogênio.



     O ômega 3 é um um ácido graxo poliinsaturado, ou seja, um ácido graxo com duas ou mais ligaçoes duplas na sua molécula. Ele é essencial à saúde humana e uma ótima alternativa para os praticantes de atividade física que procuram melhor sua performance. Como essa gordura não é produzida pelo organismo, precisa ser ingerida através da alimentação. O ômega 3 apresenta vários benefícios a saúde, entre eles:

1. a prevenção contra aterosclerose e doenças cardiovasculares ao diminuir os níveis de triglicerídeos no sangue;

2. possui ação anti-inflamatória e anti-trombótica;

3. ajuda a prevenir a depressão. 



Além disso, no exercício físico o ômega 3 também possui importantes funções, como no auxílio da recuperaçao de músculos e articulaçoes no caso de lesões causadas por atividades físicas intensas, na manutenção dos níveis de testosterona ( nos homens ), o que melhora o desempenho muscular, sendo também um poderoso anti oxidante.

Os alimentos mais ricos em ômega 3 são os peixes de águas profundas, como salmão, arenque, atum e sardinha. São também boas fontes:  linhaça, vegetais verde escuros (couve, espinafre e rúcula), castanha do pará e nozes.




Referências Bibliográficas

Fisiologia do Exercício ( William McArdle, Frank Katch, Victor Katch )

Biologia ( Armenio Uzunian e Ernesto Birner )

Papel dos lipídios no metabolismo durante o esforço ( Priscila de Mattos Machado Andrade, Beatriz Gonçalves Ribeiro, Maria das Graças Tavares do Carmo ) - Fisiologia e Bioquímica da Nutrição do Curso de Mestrado em Nutrição, Instituto de Nutrição Josué de Castro, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio de Janeiro

A importância dos lipídios no exercício físico - Blog Camila Lemos




http://bioquimicaexercicio.blogspot.com.br/2011/01/oxidacao-de-lipidios-na-atividade.html

                                                Postado por Juliana Andrade







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