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sexta-feira, 1 de março de 2013

Overtraining



   

      Uma das maiores preocupações entre os praticantes de atividades físicas é o famoso overtraining , um estado crônico de estresse físico no qual o indivíduo, devido a um treinamento muito pesado, ultrapassa a capacidade do corpo de recuperação e de adaptação. Nesses casos, o catabolismo, ou seja, a quebra de moléculas, passa a ser mais predominante que o anabolismo, a construção de novas moléculas.
     Porém, é importante não se basear apenas nas perdas de forca ou falta de ganhos.  O overtraining atinge o sistema nervoso ( causando distúrbios nos sistemas neurológico, hormonal e imunológico ) antes de dar sinais nos músculos em si. Um dos primeiros efeitos do overtraining é a queda na dosagem de glutamina plasmática. A redução desse importante aminoácido causa um impacto negativo no sistema imune, impedindo a reprodução dos leucócitos (células de defesa) e a produção de anticorpos, o que dificulta a recuperação muscular e aumenta a chance de contrair infecções oportunistas.
     O cortisol é um hormônio produzido em situações de estresse físico e psicológico e se mostra elevado em quadros de overtraining. Tal hormônio é hiperglicemiante , ou seja, estimula o fígado a liberar mais glicose no sangue. Esse mecanismo se dá a partir da quebra de proteínas musculares (ou outras proteínas). Nesse caso, a insulina aumenta também afetando o metabolismo celular de modo a dificultar o emagrecimento (mesmo com dietas hipocalóricas). O aumento do cortisol também está relacionado com a piora da qualidade do sono, o que prejudica a producao de hormônios reparadores, como o GH (hormônio de crescimento) e a testosterona, que têm sua produção mais ativa durante o sono noturno.
     

      Entre os outros sintomas estão perda de performance, fadiga crônica, manifestações psicológicas de irritabilidade, hostilidade, oscilações bruscas de humor, desmotivação para treinar, insônia, falta de apetite, gripes e resfriados com alta frequência, náuseas, perda de peso, diminuição da massa corporal magra, redução dos estoques de glicogênio, disfunção endócrina, depressão do sistema imunológico, manifestações cardiovasculares e aumento do índice de lesões musculoesqueléticas. Esses sintomas geralmente são bastantes particulares, o que pode tornar muito difícil para os atletas, treinadores e técnicos fazerem seu ‘’ diagnostico ‘’.
     O estado de overtraining conduz a uma resposta de estresse, intensificada pelo tempo insuficiente de recuperação entre os períodos de atividade. Sabe-se que esse estado de fadiga não está relacionado unicamente com treinos intensos ou com danos causados às fibras musculares nos treinos de alta intensidade, mas sim a uma incoerência entre esses danos e à incapacidade de um reparo do organismo. O overtraining está relacionado não somente com o tempo de intervalo entre as sessões de treino, mas também à qualidade do sono, ao uso de medicamentos, à dieta inadequada e ao estresse.
      Mantendo uma alimentação equilibrada, respeitando o tempo de recuperação do nosso corpo e nos mantendo longe da atividade física em excesso, conseguiremos cuidar bem do nosso corpo e, assim, prevenir a síndrome do overtraining.
 
‘’Se nós pudéssemos dar a cada indivíduo o direito da nutrição e do exercício, nem pouco nem muito, nós encontraríamos o caminho mais seguro para a saúde.’’ (Hipócrates)

Referênicas Bibliográficas
www.gease.pro.br/artigo_visualizar.php?id=222
www.hipertrofia.org/blog/tag/overtraining/
biobioexercicio.blogspot.com/2010/07/overtraining.html
http://biodoexercicio.blogspot.com.br/2009/05/overtraining-excesso-de-exercicio.html
http://cellcare.com.br/na-midia/overtraining-uma-nova-visao/  


                                          Postado por Juliana Andrade 

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