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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Proteínas


      A procura cada vez maior pelas academias de musculação relaciona - se com o aumento da preocupação com a saúde, a estética e com o aumento da massa muscular entre os praticantes. As proteínas são fundamentais para o corpo humano, pois desempenham diversas funções importantes, como regulação fisiológica (hormônios), regulação metabólica (enzimas), regulação osmótica (albumina), estando portanto, intimamente ligadas ao desempenho esportivo. Os músculos são constituídos basicamente por proteínas e o consumo adequado deste nutriente é de grande importância para sua adequada formação e recuperação e uma grande aliada no processo de hipertrofia.

       
       Estruturalmente, as proteínas são compostas a partir de uma combinação de 20 aminoácidos. Estes estão em constante movimento no corpo, como em uma reciclagem, em que ocorre síntese e degradação simultâneas das proteínas, principalmente entre fígado, músculos e sangue. Esse processo é denominado de turnover protéico. Quando estamos realizando atividade física, ocorre o aumento no tamanho e rigidez do tecido muscular, o que causa grandes oscilações entre a síntese e a degradação das proteínas. 
        Adultos de tamanho médio possuem cerca de 10 a 12 kg de proteína. A maior quantidade localiza - se na massa dos músculos esqueléticos - aproximadamente 60 %. Durante a digestão, as proteínas são hidrolisadas (quebradas) em seus aminoácidos para então serem absorvidas pelo intestino delgado. 

        A prática regular de exercícios tende a aumentar a necessidade de proteínas e aminoácidos que o organismo precisa consumir, em virtude da lesão muscular e do aumento das taxas metabólicas. Além disso, as proteínas são o único macronutriente que podem ser convertidos em carboidratos e lipídios. Elas devem oferecer, sobretudo, aminoácidos essenciais (proteínas de alto valor biológico) para que sejam utilizadas com eficiência no crescimento muscular. São encontradas principalmente em carnes, peixes, aves, ovos, leite e derivados.  





       É importante ressaltar que a ingestão de proteínas em excesso não resulta em maior síntese muscular, podendo sobrecarregar o rim e o fígado. Essa sobrecarga ocorre devido aos processos de desanimação (retirada do grupamento amino -NH3+ de um aminoácido, o qual é convertido em amônia e uréia no fígado – e transaminação (conversão de um aminoácidos em outro aminoácido). O consumo elevado de proteínas irá aumentar a freqüência de ocorrência desses dois mecanismos, que ocorrem principalmente no rim e no fígado. A dieta hiperproteica também pode aumentar o risco de desidratação, já que a uréia, produto do metabolismo das proteínas, estará em maior quantidade no sangue, sendo eliminada via urinária e solubilizada em água. Com isso, uma maior quantidade de água é perdida na urina.
      O corpo não possui locais de reserva para aminoácidos. Ou seja, aqueles que não são utilizados para a síntese de proteínas ou outros compostos, nem são consumidos no metabolismo energético, propiciam o substrato para o fenômeno da gliconeogênese ou são transformados em moléculas de triglicerídeos para armazenamento nos adipócitos (acúmulo de gordura), um efeito nem sempre desejado entre os praticantes de atividades físicas.  



 
       As proteínas podem também funcionar como fonte de energia para o organismo durante a prática de exercícios de maior intensidade. Por, isso geralmente leva a degradação do músculo, ou seja, catabolismo - quando o organismo passa a suprir sua carência energética destruindo suas próprias reservas. Por isso a importância da ingestão de carboidratos. Para que haja síntese de massa muscular e para que se evite a diminuição da musculatura durante a prática de exercícios físicos, é de fundamental importância que o conteúdo de carboidratos da dieta esteja em níveis adequados. Na ausência de carboidrato, mesmo com ingestão alimentar correta de proteínas, o organismo não é capaz de construir músculo. Não esqueça de ingerir também os micronutrientes (vitaminas e sais minerais). A deficiência de uma vitamina ou de um sal mineral na dieta pode interferir diretamente no ganho de massa muscular, mesmo que a dieta contenha quantidades adequadas de macronutrientes. Portanto, nunca deixe de lado as frutas, verduras e legumes.



Referências bibliográficas
Fisiologia do Exercício ( William McArdle, Frank Katch, Victor Katch )
Revista Brasileira de Medicina do Esporte - " Consumo de proteína por praticantes de musculação que objetivam hipertrofia muscular "

                                                                                   Postado por Juliana Andrade

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